Existem diversas possibilidades de pagamento para adquirir um novo imóvel, mas o financiamento ainda é o mais comum deles. E mesmo essa opção não é única, pois existem diversas modalidades que podem ser contratadas.
São dois os sistemas principais que regem os financiamentos imobiliários no Brasil. O SFH que abrange a grande maioria dos contratos, incluindo os do Minha Casa Minha Vida, e o SFI voltado para imóveis de alto padrão.
Também há três opções de amortização que ditam como será o pagamento das parcelas ao longo do financiamento. Você sabia de tudo isso? Então leia essa matéria para entender melhor quais os tipos de financiamento imobiliários disponíveis para você!
SFH – Sistema Financeiro de Habitação
O Sistema Financeiro de Habitação é responsável pela maioria dos financiamentos para aquisição de imóveis no país. É ele que dita as condições de compra, tais como prazo de pagamento, taxa de juros e as regras para concessão do crédito.
Esse sistema utiliza os recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e do FGTS, abrangendo programas como o Minha Casa Minha Vida. Pode ser usado para a compra de imóveis residenciais ou comerciais, novos ou usados e terrenos para construção.
O financiamento imobiliário por esse sistema pode ser contratado apenas por pessoas físicas e o valor do imóvel não deve ultrapassar R$ 1.500.000,00.
As taxas de juros são limitadas e a liberação de crédito é condicionada a um comprometimento máximo de 30% da renda na parcela. Essas condições facilitam a compra e evitam inadimplência, por isso são voltados a imóveis mais populares.
SFI – Sistema Financeiro Imobiliário
O Sistema Financeiro Imobiliário é uma alterativa para clientes que não se enquadram no SFH. Apesar de também utilizar recursos do SBPE e do FGTS, há grandes diferenças nas condições de compra, perfil do imóvel e do comprador que opta por esse sistema.
Por não ter influências do governo, a negociação é bem mais flexível em relação as taxas e não há limite de liberação de crédito. Em contrapartida, os juros são maiores e mais variáveis, o que aumenta o risco de inadimplência e da perda de imóvel.
Também não há um valor máximo de imóvel a ser financiado, pelo contrário, ele é voltado a propriedades de alto padrão. Por isso, aceita financiamento tanto de pessoas físicas quanto jurídicas.
Sistemas de Amortização
O sistema de amortização define o que acontece com o valor da parcela do financiamento ao longo do tempo. O que varia entre um e outro é forma como a parcela é composta entre o saldo de amortização, que refere-se ao valor do imóvel em si, e os juros do financiamento.
Conheça os três principais tipos:
SAC
O Sistema de Amortização Constante (SAC) é o mais comum no financiamento de imóveis. Nele, o saldo devedor é dividido em parcelas iguais pelo prazo de pagamento e os juros são calculados sobre o saldo devedor a cada mês.
Conforme o cliente quita o financiamento o saldo devedor diminui e, consequentemente, os juros. Por isso, o valor da parcela diminui ao longo do tempo.
PRICE
A Tabela Price é um sistema muito utilizado no estrangeiro e a segunda opção mais comum nos financiamentos imobiliários nacionais. Nela, o saldo devedor aumenta e os juros diminuem ao longo do tempo de forma proporcional.
O resultado para o cliente são parcelas que se mantém praticamente as mesmas durante todo o prazo de pagamento.
SACRE
O Sistema de Amortização Crescente (SACRE) é pouco utilizado, mas não deixa de ser uma alternativa. Ele é um intermediário entre o SAC e a Tabela PRICE, sendo que o saldo devedor aumenta e os juros diminuem ao longo do tempo.
A diferença está na proporção entre saldo devedor e juros que compõe a parcela, sendo que os juros têm mais impacto no início do financiamento. A médio e longo prazo os juros caem, no entanto, o cliente ainda tem um saldo proporcional maior para quitar.
Por isso, as parcelas tendem a diminuir ao longo do tempo, mas em uma proporção menor do que a apresentada no sistema SAC.
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