Em 2020, o Governo Federal lançou o Casa Verde e Amarela, um programa para substituir o Minha Casa Minha Vida na concessão de crédito imobiliário. A nova modalidade entrou em vigor no final do ano e já está disponível para contratação.

O que muita gente não entendeu é a diferença entre esse novo programa e o Minha Casa Minha Vida. Afinal, muita coisa, como os critérios para ser beneficiado e os subsídios, não sofreram grandes alterações. Então, o que mudou?

Veja os cinco pontos do programa que mais sofreram alterações!

1.    As taxas de juros

O maior atrativo do Casa Verde e Amarela é a redução taxa de juros. Depois de ampla negociação entre os órgãos competentes, a menor taxa ficou estabelecida em 4,5% a.a., sendo esta a menor taxa de financiamento da história.

A taxa é ainda menor nas regiões Norte e Nordeste, podendo chegar em 4,25% a.a. A diferença é uma medida do programa para favorecer as necessidades específicas de cada região e reduzir a disparidade de acesso a moradia entre as regiões do país.

2.    A origem dos recursos

Os recursos do Casa Verde e Amarela ainda serão originados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). O que vai mudar é a forma como esse valor será repassado aos agentes financeiros.

No Minha Casa Minha Vida, o valor era transferido com antecedência, agora o aporte será escalonado para permitir maior folga no fluxo de caixa do Governo. O objetivo é que essa folga alimente a oferta de crédito imobiliário para beneficiar ainda mais famílias.

Vale lembrar que a prioridade do Casa Verde e Amarela é a regularização. A verba excedente não será utilizada para aumentar o subsídio, mas para retomar obras paradas e negociar contratos em situação de débito.

3.    O valor dos imóveis

Outra mudança é o aumento no valor dos imóveis financiáveis pelo programa. A ampliação desses valores aumenta a abrangência do programa para mais imóveis, clientes e regiões que ficavam de fora do Minha Casa Minha Vida.

Essa medida aproxima as condições do programa das demandas e da realidade do mercado. O resultado esperado é um aumento no número de vendas e o aquecimento da construção civil de modo geral.

Os valores variam de acordo com o município, por isso é necessário consultar o valor máximo de compra permitido pelo programa na sua região.

De modo geral, no entanto, clientes do Grupo 1 poderão adquirir imóveis com teto máximo entre R$ 85.000,00 e R$ 144.000,00. Já clientes dos Grupos 2 e 3 poderão adquirir imóveis com teto máximo entre R$ 135.000,00 e R$ 240.000,00.

4.    Os novos contratos

As novas condições e taxas trazidas pelo Casa Verde e Amarela serão aplicadas aos novos contratos de financiamento. Para quem já tem financiamento no Minha Casa Minha Vida permanecem as condições contratadas.

A princípio não será realizada a transferência de contrato do Minha Casa Minha Vida para o Casa Verde e Amarela. É possível, no entanto, que as faixa de renda inferiores possam usufruir das taxas de juros menores.

O que o cliente já pode fazer é a portabilidade de crédito para outra instituição financeira buscando juros menores em determinados tipos de contrato. Via de regra, as condições oferecidas pela Caixa são as mais atrativas do mercado, em especial para o Grupo 1.

5.    As faixas de renda

Uma grande alteração promovida pelo Casa Verde e Amarela serão os novos grupos de renda. Enquanto o Minha Casa Minha Vida dividia os beneficiários em quatro grupos de renda e oferecia apenas a produção habitacional, o novo programa reagrupou os beneficiários em três grupos de renda e oferece mais modalidades de atendimento.

O maior impacto da mudança será sentido pelo grupo da antiga Faixa 1 (com renda de até R$ 1.800,00), mas o programa ainda abrangerá famílias com renda mensal de até R$ 7 mil.

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Quer conhecer mais detalhes sobre as novas faixas de renda do Casa Verde e Amarela?

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